sábado, 7 de junho de 2008

O autor Charles M. Schulz

CHARLES MONROE SCHULZ nasceu no dia 26 de novembro do ano de 1922 em Minneapolis (Minesota, EUA), mas cresceu na cidade de Saint Paul, capital do estado. Filho único de Dena e Carl Schulz, sempre foi um garoto tímido e solitário, talvez por ser o mais jovem de sua classe na Central Hight School. Com apenas dois dias de vida, foi apelidado pelo tio de “Sparky”, referência ao cavalo Spark Plug, da tira Barney Google. Lia com o seu pai todos os domingos, durante a adolescência, os quadrinhos que traziam os jornais e sempre soube que queria ser cartunista. Já em 1937, quando Schulz tinha apenas 15 anos, Robert Ripley publicou seus primeiros desenhos em sua coluna Ripley's Believe it or Not.

SUA MÃE FALECEU em 1943, ano em que teve de alistar-se nas Forças Armadas para servir na Segunda Guerra Mundial, permanecendo até 1945. Em seu retorno a St. Paul, passou a lecionar na Art Instruction, Inc. e fez uma parceria com o The Saturday Evening Post, aonde vendeu 13 tirinhas por 40 dólares cada um. Mas sua primeira tira regular sairia só em 1947, publicada no jornal local St. Paul Pioneer Press. Li’l Folks, esta série que já trazia um personagem chamado Charlie Brown e um cachorro muito semelhante ao Snoopy, foi publicada até janeiro de 1950, ano de estréia de Peanuts.


É SABIDO POR MUITOS que Schulz tinha muita semelhança com o seu principal personagem de Peanuts: Assim como Charlie Brown, Schulz tinha um pai barbeiro e uma mãe dona de casa; Teve um cachorro quando criança, mas não era um beagle como Snoopy, mas um pointer inglês; Era igualmente tímido; A Menininha Ruiva de Schulz era Donna Johnson, uma contadora da Art Instruction Schools com que teve um relacionamento. Ela rejeitou sua proposta de casamento, mas permaneceu sua amiga até o fim de sua vida; Linus e Shermy foram os nomes de dois de seus grandes amigos (Linus Maurer e Sherman Plepler); Lucy foi inspirada em sua primeira esposa, Joyce Halverson; Patty Pimentinha foi inspirada em Patrícia Swanson, uma de suas primas por parte de mãe.

EM NOVEMBRO DE 1999 Charles Schulz sofreu um infarto e depois descobriu que tinha câncer, anunciando seu afastamento por motivos de saúde em dezembro do mesmo ano. A essa altura, a série Peanuts já tinha sido publicada ininterruptamente por quase 50 anos e apareceu em mais de 2.600 jornais em 75 países. Pouco tempo depois, em 12 de fevereiro de 2000, o cartunista morreu de ataque cardíaco. Foi enterrado no cemitério de Plesant Hill, em Sebastopol. O museu The Charles M. Schulz Museum and Reserch Center foi inalgurado dois anos depois em Santa Rosa (Califórnia), cidade aonde faleceu, a fim de preservar e expor o grande legado do artista.

5 comentários:

Pablo disse...

Grande Schulz!

Era realmente um grande sujeito: na infância, não achava justo se valer do seu talento pro desenho para conseguir vantagens, ganhar concursos de talentos na escola - se para ele seria fácil, não seria justo com os outros.

E foi líder de um pelotão de submetralhadoras na 2ª Guerra, veja só!rs

Recomendo (Mayara também recomendará rs) a biografia escrita por David Michaelis, "Schulz and Peanuts; A Biography"(pela Harper Collins, em 2007). A pesquisa foi densa e longa, excelente texto (ainda não foi lançada no Brasil).

Mayara disse...

Ah... Schulz realmente foi um grande homem! E quanto ao livro ''Schulz and Peanuts: A Biography'', eu tb recomendo, Pablo. rsrs ;)

Meus pais tb já gostavam de Peanuts... então a influência já começou em casa, rsrs... me lembro que quando era pequena, com uns 07 ou 09 anos, eu lia os quadrinhos tb, mas ainda não entendia a maior parte deles. Minha mãe tinha um Snoopy de pelúcia e morria de ciúmes dele... mas eu sempre pegava o Snoopy escondida! Haha ;)

Muito bom esse post, Gepp... seu blog tá cada vez melhor... parabéns!

Mayara disse...

Ahhhh

Mais uma coisinha! Um dia eu ainda vou realizar meu sonho de conhecer ese museu na Califórnia ;)

Beijos!

Giuseppe Menezes disse...

As editoras no Brasil não dão o devido valor a Peanuts. Sei que a vida de Schulz não merece ser contada em tantas poucas linhas como neste post, mas foi propositalmente resumida aqui, ok? Também recomendo a Biografia escrita por Michaelis, apesar de nunca tê-la lido de fato (em português seria muito mais acessível), pois o "Sparky" é um grande exemplo de talento, honestidade e perseverança.

Mayara disse...

Ah, é uma pena, mas as editoras daqui realmente não dão valor a Peanuts. Cara... já viu a quantidade de livros que existem nos EUA, por exemplo? Muitas coletâneas de tiras e aqueles famosos livros com um desenho e uma frase... como ''Happiness is a warm puppy'' e ''Love is walking hand on hand''... (há quem não goste, mas eu acho uma gracinha, além de serem ótimas idéias para presentes, hehe)...